terça-feira, 1 de dezembro de 2009

2012, a bomba

Nesse sábado passado eu fui assistir o filme 2012 após ir ao aniversário de um colega, e posso afirmar que o filme, realmente, é uma merda. Mas pelo menos, ele é uma merda de qualidade. Rolland Emmerich pôs todo o seu esforço ao criar essa merda, e por isso, eu posso dizer que ela não cheira tão mal assim, embora ainda seja merda. Eu já disse nesse blog porquê fazer um filme baseado no fenômeno 2012 é uma má idéia:

http://desventurasemrecursao.blogspot.com/2009/10/filmes-serem-assistidos.html

Porém, eu realmente não esperava isso, o esforço descomunal de um diretor para transformar uma idéia ruim em algo novo, e com isso, conseguir inovar. É um filme que embora seja ruim, tenha um roteiro ruim, e a construção das cenas de ação muito mal feita, deixa claro que foi feito com carinho, e por isso, no final, não parece ser tão ruim. Isso, é claro, se o espectador conseguir desligar a parte do cérebro responsável pela lógica, senão fica inevitável fazer piadinhas acerca das cenas, e dos eventos que acontecem no filme. Algumas das piadinhas que eu ouvi, e provavelmente só serão entendidas por quem assistiu, foram:

"Need for Speed End of World Edition"

"Não há nada como uma cara que é capaz de consertar o bug que ele mesmo fez"

"Por que que as turbinas não ligam com a porta emperrada? Microsoft Windows"

"Moral da história: Não importa se o mundo acabou e todo mundo morreu, se o cara que estava comendo a sua mulher morreu, é um final feliz"


Mas, falando do filme especificamente, aí vai os meus 2 cents:

O filme começa de uma maneira legal. Embora o título seja 2012, e o filme se passe em 2012, o início começa em 2009, o nosso ano, e pouco a pouco é mostrado como foram os eventos importantes para a estória de 2009 a 2012. Isso nos cinco minutos iniciais, e com isso, temos uma apresentação de um dos personagens principais, o geologista Adrian Helmsley, que é o responsável por apresentar a casa branca a situação do fim do mundo se aproxima. Por quê? Simples, ele conversou com o seu amigo, o Doutor Satnam Tsurutani na Índia, e descobriu que devido a um evento solar inexplicável, os neutrinos emitidos pelo sol estão se transformando em uma nova partícula sub-atômica, e com isso estão agindo como microondas no núcleo e manto terrestre, fervendo-o (Momento para música macabra).

Se não bastasse a explicação "científica" do fim do mundo, o filme é cheio de outras explicações para o fim do mundo, como a teoria do deslocamento da crosta terrestre. Mas, enfim, após o início do filme, somos apresentados a família (ou quase) de Jackson Curtis, interpretado por John Cusack, que é um escritor de ficção científica que também trabalha como motorista. Após acampar com o seu filho e sua filha no parque yellowstone, ele é lentamente apresentado a eventos que pouco a pouco vão o convencendo que de há uma grande conspiração para salvar alguns poucos da destruição do mundo, que ocorrerá em breve. Ele hesita, e prossegue adiante, mas em determinado momento, se convence de que o mundo vai acabar mesmo, e é aí que a correria e os desastres começam a acontecer de verdade.

O grande problema de 2012 não é exatamente, que o final seja ruim, mas sim que o início seja bom. Porque embora John Cusack não seja exatamente uma estrela dos filmes de ação, ele chega a passar a emoção de alguém desesperado de maneira convincente. E todos os personagens do núcleo dele acabam passando essa emoção também, na cena em que a califórnia acaba. Ah, e as cenas da destruição do mundo são um show a parte. Elas são diferentes do que qualquer um esperaria, não são cenas de prédios caindo e rachaduras surgindo, e nesse ponto, Rolland Emmerich brilhou, pois o que ele mostra são os continentes, pouco a pouco, desmanchando como se fossem feitos de areia: Eles afundam no mar, ou racham em milhares de pontos e são dissolvidos no meio de tanta lava vulcânica que sai para fora. E essa destruição em escala geológica é o ponto inovador do filme, embora seja similar a O dia depois de amanhã.

O final é um tanto quanto óbvio, ridículo, e cliché. Eu mesmo teria achado tal final umas dez vezes mais legal se as "naves espaciais" fossem mesmo naves espaciais. Mas, enfim, o filme já foi feito, e isso não pode ser mudado. Só me resta esperar pra ver o tamanho do prejuízo do caixa, porque de críticas, o filme já foi uma bomba. Pelo menos, no RottenTomatoes e no Metacritic, e espero que com o tempo, outras pessoas possam ver que esse filme é uma idéia que, apesar de ter sido executada de modo excelente, foi feita em cima de um mito sem pé e nem cabeça, e que por isso teve que depender de marketing viral, algo que ao meu ver, não é um modo apropriado de se propagandear um filme. Isso sem falar do script do filme, que é lastimável, cheio de lições morais baratas, inacurácias científicas, e mesmo religiosas. Definitivamente, uma bomba.

Mas, como eu disse, se você conseguir desligar a parte racional do cérebro, até que é um filme legal.

domingo, 22 de novembro de 2009

Aliens da DH press

Bem, demorou um tempo, mas eu finalmente terminei de ler todos os livros que tinha que ler, e juntar os meus pensamentos, de modo que eles dêem forma a uma crítica, que embora seja breve, espero ser completa também. Fazendo referência ao post anterior (de quase um mês atrás), eu encomendei no início deste ano 6 pequenos pocket books da Dark Horse, os livros tratam do mesmo tema, o famoso monstro da 20th Century Fox inventado no filme de 1979, Alien. Para mais informações, o post anterior:

http://desventurasemrecursao.blogspot.com/2009/10/o-que-vira-por-ai.html

Os livros não são conectados entre si, e também não são diretamente conectados com os filmes, com a exceção de apenas um. Alguns deles fazem referências a alguns elementos dos quadrinhos da Dark Horse, elementos expandidos em cima dos já apresentados nos filmes, como a Corporação Grant, a BioNat, e outras coisas inventadas nos quadrinhos da Dark Horse, mas de um modo geral, são conexões fracas, apenas para quem já sabe do quê eles estão falando. Com a exceção de dois livros, cada livro tem um autor diferente, totalizando assim 5 autores distintos que foram responsáveis pela criação desses livros.

Eu tentarei dar um breve resumo do conteúdo de cada livro, quase que uma sinopse, de modo a instruir o leitor, e justificar as minhas críticas, mas tentarei ao mesmo tempo não estragar a diversão da leitura, principalmente dos livros que eu considero que vale a pena comprar e ler. Não são todos os 6 livros que eu considero que tenham rendido o preço da compra, mas como eu considero apenas um dos livros um desastre total, acho que saí no lucro importando e lendo esses livros. Também irei fazer um rank dos livros, do melhor para o pior, segundo a minha percepção.

Cronologicamente, os livros que eu li, foram na seguinte ordem:

1) Aliens: Steel Egg
2) Aliens: Original Sin
3) Aliens: DNA War
4) Aliens: Criminal Enterprise
5) Aliens: Cauldron
6) Aliens: No Exit

Aliens: Steel Egg

Esse foi o primeiro livro que eu li, de autoria de John Shirley, autor também de "Predator: Forever Midnight", que é considerada por alguns possivelmente o melhor livro já escrito sobre o outro monstro da Fox, o Predador. É perfeitamente possível que Forever Midnight seja uma estória excelente, mas Steel Egg deixa um tanto a desejar. Primeiro, Steel Egg começa com uma breve descrição do que está acontecendo do ponto de vista do capitão de uma nave militar, Daryl Corgan, o protagonista de história, que é acordado subitamente. Somos apresentados a oficial de ciência Ashley Norton, responsável por acordar o capitão após terem entrado em órbita ao redor de Iapetus, e terem feito contato visual com uma nave de origem alienígena.

A nave deles se chama Hornblower, e está lá numa missão de reconhecimento: A UNIC, uma coalização política liderada pelos EUA, encontrou uma anomalia gravitacional perto da lua, o que pode indicar uma espaçonava à deriva por lá e possivelmente o primeiro contato humano com alienígenas, como também uma fonte importante de tecnologias novas. Para proteger os seus interesses, a UNIC envia uma missão de reconhecimento, numa nova corrida espacial contra a CANC, uma coalização política feita pela China, e esta é a missão da Hornblower. Como é de se esperar, toda a trama se desenvolve num ambiente de guerra fria em plena década de 2070, com um bloco liderado pelos EUA (UNIC) e outro pela China (CANC), onde novamente a motivação econômica para a guerra é apenas desculpa para a verdadeira motivação política.

Pouco a pouco a história vai se desenvolvendo: Eles realmente encontram a nave, e devido a pressão que eles sofrem com a possível chegada de uma nave CANC, o capitão e outros membros da tripulação decidem adentrar a nave alienígena, e pouco a pouco, se envolvem com uma das criaturas mais mortais já concebida. Porém, tirando o protagonista Daryl Corgan, a co-protagonista Ashley Norton, e o antagonista Reynolds, poucos personagens são desenvolvidos. O fato da nave deles ter uma tripulação de 15 pessoas também não ajuda, pois a sensação que se tem é que a maioria deles está ali só pra morrer. Isso somado a coisas estranhas, como as descrições excessivamente sangrentas das mortes (até mesmo para os outros livros), os momentos bobos e absurdos que acontecem (como um robô fazer a piada de um cara morto), os eventos inexplicáveis e a ação que envolve principalmente correrias, fez com que o livro parecesse aos meus olhos uma imitação mal feita da estória do primeiro filme, Alien de 79. É muito difícil se conectar ao protagonista mesmo, então quem dirá aos outros personagens, e até ao antagonista, que começa moralmente cinzo, o doutor que trabalha para quem lhe é mais conveniente, mas passa a se tornar um vilão cliché no decorrer da estória, sedento por poder. O fato de haver uma situação romântica entre o capitão e a oficial de ciência no decorrer de um evento que seria traumatizante para qualquer pessoa normal também é mal explicado, e não convence. No geral, Steel Egg até que é legal como literatura, mas não espere muito dele, como uma obra prima, ou um livro excepcional.


Aliens: Original Sin

Depois de ter lido Steel Egg, e ter achado a história boa, eu parti para Original Sin. Esse é o primeiro dos seis livros lançados, e ao meu ver, melhor que o anterior. Ele segue direto dos eventos do quarto filme, Alien: Ressurreição, mostrando o que se passa para a Ripley 8 após a sua fuga da nave militar Auriga. Ironicamente, ela toma o comando da Betty, e passa a viver como a capitã da nave, com uma tripulação de membros incluindo aí os sobreviventes do filme, como Vriess, Call, Jhonner, e gente nova. A Ripley tenta voltar a se conectar com a realidade do mundo após estar morta por 200 anos, fazendo o que ela faz de melhor: Matar aliens, e proteger pessoas com isso. Pouco a pouco você é apresentado a uma protagonista que tende a agir com terrorismo para chegar naquilo que ela considera certo. Além disso, como personalidade, ela continua implacável como um alien, feroz e estranha, e no fundo, profundamente humana, vivendo na constante penumbra entre ser humana, e alien, da mesma forma quando interpretada pela Sigourney Weaver. A história é simples, e é apresentada ao leitor sob dois pontos de vista: No primeiro, Ripley e a tripulação da Betty lutam para evitar que uma organização a lá Illuminati tenha sucesso. No segundo, a tripulação de uma estação orbital botânica está prestes a ser vitimada pela mesma ordem secreta. Com o desenvolver da estória, a Ripley acaba chegando na estação, quando então os dois núcleos se encontram, e inclusive, há reviravoltas, envolvendo até mesmo os aliens. No final das contas, é uma boa estória, longe de ser perfeita, mas mesmo assim, legal o suficiente para te prender e dar uns saltos de vez em quando. Inegavelmente inspirada no Alien: Ressurreição, a estória consegue surpreender, faz referências ao filme, explorar ainda mais os personagens, e fazer o seu coração palpitar. Não dá pra saber quem vai se dar bem, e quem vai se dar mal, ou mesmo como agir em cada situação inesperada. Aliens: Original Sin do Michael Jan Friedman certamente é uma estória de terror capaz de entreter até mesmo o leitor casual de sci-fi.


Aliens: DNA War

Se eu achei os dois primeiros livros bons, então eu poderia esperar que o terceiro fosse bom também. Mas, ele foi mais que bom, ele foi excelente por si só. Diferentemente dos outros livros, que são narrações mais voltadas para ação ou terror, com descobertas envolvendo os aliens, DNA War é muito similar a um romance policial ambientado em um futuro de ficção científica, e tendo como pano de fundo os aliens. Não se engane, os aliens ainda são um elemento de importância no livro, mas não são o único elemento importante, há espaço para outras coisas, como saber se existe um sabotador, ou quem é responsável pela morte de certas pessoas.

A premissa é simples, Rosamond 6 é um dos poucos planetas habitáveis com um ecossistema alienígena completo que foi encontrado na galáxia, e como tal, é de extremo valor. Porém, ele contém os letais xenomorphs (outro termo para os aliens), e passou a ser usado como estação de estudo para a antropólogoca Jocasta Malvaux e sua equipe de estudo de campo, com o objetivo de se investigar os aliens, e descobrir se eles possuem alguma fraqueza, ou alguma forma de coexistência. Após anos sem o seu estudo retornar informações práticas para o resto da galáxia civilizada sobre os aliens, um grupo de juízes passa uma ordem de judicial de extermínio dos xenomorphs no planeta Rosamond 6, com o uso de robôs de extermínios projetados para essa função feitos pela PlanCom.

Porém, nem tudo são flores. Jocasta Malvaux é uma pessoa complicada de se lidar, então uma expedição civil, porém com apoio militar é preparada justamente para dar a ordem de despejo, e evacuar a expedição dela. Inclusive, eles convocam o filho dela, Rory Malvaux, um detetive da polícia na terra em "absenção" forçada, e a única pessoa capaz de lidar com a figura notável de Jocasta na civilização humana. Conforme a estória se desenvolve, os tripulantes da nave tem problemas em encontrar o campo de estudos, e depois de uma série de eventos rápidos e fulminantes, parte deles se vêem presos ao acampamento da Jocasta, e entre eles Rory. Pouco a pouco Rory começa a perceber que tem algo errado nessa história toda, e tenta entender quem é reponsável pelas mortes de alguns dos membros da expedição, e porquê ninguém tem coragem de comentar acerca das mortes.

No geral, DNA War é uma história boa, de talento cheio feita pela autora Diane Carey. Ele lembra o bom estilo de detetive, marcado em livros como Martini Seco, de Fernando Sabino, mas num ambiente de terror, e ficção científica, envolto por um perigo constante e mortal, que nem sempre advém dos aliens. Certamente, há pontos ruins na maneira como ela desenvolve a estória, e um deles que notei se repetir muito nesse e no outro livro é a quebra da surpresa, que pode até ser apropriado para um livro em um ambiente de aventura, mas não é muito adequado para um livro de terror. Apesar dos momentos de susto poderem ser previstos, o mais importante na estória é imprevisível, e isso faz o livro brilhar. A ambientação do livro, o planeta Rosamond 6 me lembra muito certos planetas apresentados nos quadrinhos, e até um pouco o LV-426 do segundo filme, Aliens. Embora esse livro tenha sido muito bom, infelizmente, o segundo livro dela não foi tão bom assim, como irei comentar futuramente.


Aliens: Criminal Enterprise

Esse é um livro que inicialmente, eu li sem expectativas, porém que no final me surpreendeu muito. A sinopse é fraca, ou mal feita, mas isso não apaga o conteúdo do livro, que é muito bem feito. Os personagens são realistas, fiéis a certos esteriótipos, cada um com a sua motivação, e cada um com o seu jeito de agir e pensar. A premissa é simples, o piloto Thomas Chase é obrigado a fazer uma corrida para o chefão do tráfico de drogas interestelar Msomi, para salvar a pele do seu irmão mais novo Pete Chase. Para isso, ele deve pilotar uma nave na entrada e na saída do planeta Fantasia, um planetóide minimamente terraformado para ter uma atmosfera rala o suficiente para não matar uma pessoa instantâneamente, com uma verdadeira fortaleza habitável e bem protegida no interior dele, cercada por aliens. Sendo um planeta de manufaturação ilegal de drogas, Fantasia tem todo tipo de gente, cientistas inescrupulosos que foram pra lá para evitar um processo por assédio sexual, traficantes mal encarados, cafetões que controlam prostitutas, michês, ex-presidiários que retornaram ao crime, gente que quer ficar rica a todo custo, e gente que não era pra estar ali.

A estória segue-se de modo devagar, apresentando os personagens aos poucos, e explicando pouco a pouco o passado de alguns deles, e o que eles fazem no planeta. Pouco a pouco a estória prossegue, e a dupla que protagoniza a estória vai sendo apresentada a esse pequeno mundinho do ilegal, cheio de drogas, sexo e poder. A primeira morte do livro vem de forma súbita e surpreendente, pegando o leitor de surpresa.

Após isso, o leitor é apresentado frente a frente aos aliens, e ao poder letal que eles possuem nesse planeta de poder. Em paralelo, há uma constante, mas discreta demonstração de como os interesses dentro desse mundo sem lei são conflitantes: Ao mesmo tempo que o chefão do crime Msomi, representado pelo psicopata Lee, e quer a sua droga bem protegida a todo custo, Trace que é o administrador de Fantasia, e quer fazer do planeta o seu mundinho particular junto a sua namorada Didi, Ray Turner, um gerente de Fantasia que conspira para roubar toda a produção de drogas de um ano do Msomi e lucrar ainda mais no mercado negro com a venda das drogas, e por último, John Kaye, um mercenário com um forte senso de justiça contra as drogas, e contratado pela GrantCorp (referência aos quadrinhos) para destruir o negócio ilegal de drogas do Msomi.

Conforme a estória prossegue após esse ponto, os eventos se desenvolvem para chegar ao clímax, quando caos atrás de caos acontece, e os irmãos são pegos no meio dele. O desenvolvimento do conflito é excepcional, como uma máquina de Rube Goldberg, cada ator fazendo o seu papel, e jogando a sua dose de álcool no fogo, movendo a sua peça de xadrez, e dando oportunidade para outro mover a sua. No geral, Criminal Enterprise é uma estória legal, que supera em muito o que a sinopse oferece ao leitor, e faz você se sentir no meio do conflito. Inegávelmente, ele me lembrou de Alien 3, talvez o filme menos adimirado da franquia, mas de uma forma positiva. Inclusive, eu acredito que se o roteiro de Alien 3 fosse similar ao roteiro desse filme, o resultado teria sido surpreendente, pois eu acredito que Criminal Enterprise daria uma ótima adaptação para cinema. Stephani Danelle Perry acertou em cheio ao escrever esse livro, e mesclar de forma excelente, drama com terror.


Aliens: Cauldron

Bem, esse é o segundo livro da autor Diane Carey, e de longe, ao meu ver o pior dos 6 livros. Por quê? Simples, ao contrário dos outros livros, este se assemelha muito a um livro de jornada nas estrelas, ele não tem o medo inerente dos aliens, ele não tem o terror sufocante, mas ao invés disso, um ambiente descontraído e tranquilo, mesmo quando os monstros estão a solta na nave. Não há mortes, a não ser aquelas que acontecem por necessidade da história. Há idéias bobas e ruins, embora eu considere que há uma idéia boa do por quê dos protagonistas não serem atacados e esquartejados imediatamente por uma dúzia de aliens ferozes, embora estivessem desarmados.

A sinopse é simples, temos duas naves, a Virginia, uma nave de turismo espacial e comércio, e a Umiak, uma nave de cadetes espaciais. Um contrabandeador da nave Virginia resolve contrabandear aliens congelados, e conforme os eventos se desenvolvem, os aliens são acidentalmente liberados, o que gera a carnificina na nave. Porém, a ação não se limita apenas a Virginia, mas também acontece na nave Umiak, que contém cadetes espaciais, o que já torna a história mais próxima de um "Escoteiros contra Aliens" do que qualquer outra coisa. Se não bastasse isso, o protagonista não é o escoteiro típico, mas sim um garoto de um grau de instrução ridiculamente baixo (Isso num cenário de ficção científica), que nunca esteve no espaço, sabe nada de espaço, e não tinha intenção de estar ou saber. O "perfeito caipira" por se dizer. Some a isso um capitão inescrupuloso, uma turma de cadetes superdotados, cada qual com o seu talento, uma série de criançadas e pirraçadas, como se recusar a lavar banheiros e mutinar (mesmo pra moleques de 14 a 16 anos, isso é muita pirraçada). Some a isso o fato dos aliens não matarem o protagonista no último momento devido a um poderoso "Deus Ex Machina" entre outras coisas, e você terá essa estória.

No final das contas, essa não é uma estória de terror de verdade, mas sim uma estória para quem busca algo no estilo jornada nas estrelas que tenha aliens, e não para alguém que busca uma estória de aliens propriamente dita, com o medo, a asfixia, e o horror. Isso sem falar as lições de moral que o livro passa, como a abordagem ultra-politicamente correta acerca de pessoas com deficiências, que no livro são tratadas como superdotados com alguns talentos, de tal forma que chega a parecer que quem é normal, não é "normal". Ser um caipira te torna mais preparado do que ser um Marine para combater aliens, ter uma deficiência física te dá a capacidade de confundir os aliens com a sua canção, e ser um riquinho mimado é razão suficiente para você quase morrer Além disso, como fetos são vítimas inocentes da malícia alheia, eles não morrem nas mãos dos aliens, e ao invés disso sobrevivem como "pequenos milagres" mesmo quando a mãe foi estraçalhada por um alien (Obviamente, as pessoas adultas da Virginia não eram vítimas inocentes dos aliens contrabandeados, e por isso, foram devidamente estraçalhadas). O livro não me impressionou como estória, e eu prefiro ter o meu dinheiro, do que ter lido esse livro.


Aliens: No Exit

Essa foi a estória que eu deixei pro final, por desconfiar ser a melhor entre todas. O Autor B. K. Evenson foi excepcional ao contar, uma estória do tipo romance policial, mas que aos poucos vai dando lugar para o terror de se ver frente a frente com algo que você não pode combater, e encarar. Nesse caso, o passado, e não os aliens, embora os aliens também estejam presentes. A estória é sobre Anders Kramm, um ex detetive privado, que trabalhou no passado para a compania Weyland-Yutani, a mesma dos filmes, até que teve a sua família brutalmente morta por aliens, em mais uma das suas investigações, momento quando ele decidiu abandonar o seu passado e entrar em criogenia para tentar esquecer os seus pesadelos. Trinta anos depois, ele é despertado, para um mundo diferente, e para uma nova compania, que quer que ele dê o seu aval acerca de uma infestação num planeta distante. Aparentemente, houve uma infestação de aliens num planeta compartilhado entre Planetus (Compania para qual Kramm se vê obrigado a trabalhar) e Weyland-Yutani, porém o que o vídeo mostra é algo diferente para um especialista como Kramm, uma provável montagem, ou armação. E é aí que o desastre começa a acontecer.

No Exit se distingue de DNA War por ser direto, claro, e sem rodeios. O autor diz claramente o que está acontecendo, no momento em que está acontecendo, e é bastante simples na hora de descrever as reações dos personagens. Essa simplicidade toda dá um elemento quase cinematográfico para o livro, e a fluidez da estória não fica comprometida. Isso sem falar que Kramm vai além como protagonista da estória, ele consegue, de maneira convincente, entender como os aliens agem e pensam, e por isso está sempre um passo a frente dos monstros, mesmo quando está sem armas ou munição pra se defender. Embora as duas primeiras partes do livro lembrem muito os quadrinhos, a terceira lembra pra um bocado o segundo filme, Aliens, e me passou um certo saudosismo da ambientação desse filme. Pelos elementos policiais, pela narração em primeira pessoa do Kramm que vez ou outra toma o lugar do narrador, e pela simplicidade como a estória se desenvolve, eu considero este o melhor dos seis, e posso dizer que fiquei muito satisfeito de comprá-lo. Claro, o livro tem os seus momentos clichés, e alguns absurdos, mas os absurdos nessa estória podem facilmente cair no gosto do leitor e serem dispensados em favor do desenvolvimento da estória. Após ler esse livro, até mesmo o leitor irá se sentir vivo novamente, e confiante para entrar em um ninho de aliens com a esperança de sair vivo.



Em resumo, abaixo segue-se a minha lista da ordem dos livros, do melhor para o pior:

1) Aliens: No Exit
2) Aliens: Criminal Enterprise
3) Aliens: DNA War
4) Aliens: Original Sin
5) Aliens: Steel Egg
6) Aliens: Cauldron


Bem, espero que tenham gostado do resumo, tentei ser completo sem estragar (muito) o conteúdo, e espero que isso possa servir como base para qualquer leitor desse blog avaliar se deve ou não comprar algum desses livros da DH Press.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O que virá por aí

É engraçado imaginar que algumas pessoas pensam que se alguém trabalha com computadores, essa pessoa provavelmente não gosta de livros. É como se todo mundo que trabalhasse em computação fosse obrigado a ser otimista em relação a substituição dos mesmos por documentos digitais, como arquivos em formato PDF, textos, apresentações em slides, planilhas de dados, ou documentos em formato HTML. Porém, o que essas pessoas não percebem, é que o livro impresso ainda é um dos melhores meios de se passar informações inventado pela humanidade.

Um livro geralmente não cansa a vista, porque ele permite que você leia o texto numa ordem que é mais natural do que a maioria dos documentos digitais. Enquanto em um arquivo pdf você lê o texto numa superfície contínua, que se estende da primeira palavra no topo, até a última no fundo, relembrando um antigo mecanismo de leitura, o famoso papiro enrolado. Enquanto isso, o livro é dividido em páginas, que se seguem da esquerda para a direita. Isso permite uma pequena pausa entre cada página, que ajuda a evitar o cansaço de leitura que acompanha outros tipos de textos. Isso sem falar que o esforço para movimentar apenas os olhos é muito menor que o esforço para se movimentar o mouse, para mostrar o texto que você deseja ver, e um monitor emite luz, ao passo que um livro impresso meramente reflete a luz que incide sobre ele. Por essas e outras razões, um livro é muito mais fácil de se ler que um texto digital.

Não que os textos digitais sejam inúteis, eles tem o seu ponto forte, que é a possibilidade de interação com o leitor, e nesse aspecto, um projeto como o da wikimidia, a organização que criou a wikipedia, é o mais promissor possível. Porém, eu não desprezo a mídia tradicional de transmissão de informações, o livro impresso, e reconheço que foi com ele que aprendi muito sobre computação. Porém, o meu gosto por livros impressos não se limita a livros educacionais, ou livros técnicos: Eu também gosto de literatura. Dou preferência a livros que envolvam ficção científica, mas também gosto de outros gêneros, como fantasia, terror, romance policial, ou o melhor de tudo, uma mistura deles.

Foi por causa disso que no início do ano (fevereiro de 2009), eu encomendei seis pequenos livros, que nos EUA seriam chamados de pocket books, de dimensões mais ou menos 15x10 cm, e cerca de 300 páginas cada um. Eles não foram muito caros, cerca de 7 dólares cada um, que por aqui sairam por cerca de 15 reais cada, tirando o custo do frete. Todos os livros foram escritos por autores profissionais que já receberam prêmiações em categorias de horror, ou ficção científica, então eu tinha tudo pra acreditar que os livros seriam leituras excelentes. Todos os livros foram impressos pela DH Press, uma filial da Dark Horse focada em impressão de romances, ao contrário da própria Dark Horse que prefere focar na impressão, produção e venda de comics dos mais variados autores e assuntos, seguindo os mais variados estilos de narração. E por último, todos eles tratam da simpática criaturinha abaixo:



O nome dos livros (em ordem cronológica de lançamento) são:

  • Aliens: Original Sin
  • Aliens: DNA War
  • Aliens: Cauldron
  • Aliens: Steel Egg
  • Aliens: Criminal Enterprise
  • Aliens: No Exit

Embora eu tenha encomendado esses livros no início do ano, só agora eu tive tempo livre suficiente para ler quase todos, e agora só me resta ler o último, "No Exit". Assim que eu terminar de lê-lo, irei postar uma resenha breve sobre eles, dizendo o que eu achei de cada história, os pontos fracos, os pontos fortes, o desenvolvimento, e os personagens. Creio que assim eu possa dar uma orientação para qualquer pessoa que no futuro, possa vir a se interessar pelos livros, e que queira comprá-los.

Digo isso porque é muito fácil encontrar resenhas na internet acerca do primeiro livro dessa série, o Aliens: Original Sin, que foi lançado em 2003, mas é muito difícil encontrar resenhas acerca dos outros livros, provavelmente devido ao fato de poucas pessoas os terem, ainda mais no Brasil. Eu vou aproveitar o fato que tenho esses livros, e que já os li, para tecer as minhas opiniões a respeito dele, na expectativa que elas possam ser úteis para alguém. Claro, assim que eu terminar de ler o último, "No Exit".

Bem, até lá, deliciem-se com as imagens digitalizadas das capas dos livros, gentilmente roubadas cedidas do site oficial da Dark Horse:











sábado, 24 de outubro de 2009

O bom e o ruim

Bem, já faz tempo desde a última vez em que eu postei, e agora estou atualizando as notícias do que houve comigo. O que houve foi o "bom", uma notícia boa, e o "ruim", uma notícia (obviamente) ruim. Vou começar pela notícia ruim:

Há mais ou menos duas semanas, o computador que eu usava em casa queimou. Pra ser sincero, eu ainda não sei direito porquê ele queimou, mas acho que foi a combinação de uma série de fatores, desde poeira, curto-circuito, e possivelmente, raios também. Na verdade, foi um evento bem estranho: Quase todas as peças do gabinete queimaram, incluindo aí CPU, placa-mãe, placa VGA, HD, fonte,... Mas tudo que estava fora do gabinete ficou intacto, incluindo aí monitor LCD, roteador D-Link e impressora. Aliás, a impressora é um elemento X, uma vez que eu não sei se ela queimou antes ou depois desse evento.

Olhando o que sobrou da placa de vídeo, vi pela primeira vez na minha vida transistores e capacidores eletrolíticos (sólido) estourados. O estrago foi feio mesmo. Mas mais do que o estrago "material", eu tive o estrago da perda de todos os dados que eu tinha dentro do HD... infelizmente. Eu ainda estou pensando se vale a pena eu correr atrás de uma dessas lojas de recuperação de HDs, levando em conta o fato que o valor desses dados é mais de natureza sentimental do que econômica, e que recuperação de HDs pode ser muito, mas muito caro mesmo.

Enquanto isso, eu assisti no sábado passado o famigerado "Distrito 9". E essa é a boa notícia: O filme é tudo o que eu pensei que ele fosse. Ele começa com um ar de "documentário", mas com elementos de ficção, contando a história de como os alienígenas vieram parar no nosso planeta, e foram movidos para o Distrito 9. A história do filme começa como um documentário da fictícia MNU, uma organização contratada pelo governo da áfrica do sul para policiar o distrito 9, e realocar os seus habitantes para um campo a 240 km a noroeste de Joanesburgo, chamado de "distrito 10". O líder do projeto é Wikus van de Merwe, interpretado pelo ator Sharlto Copley, o protagonista do filme.

O início se dá bem, mostrando pouco a pouco a opinião humana acerca dos aliens, e a opinião dos inquilinos do distrito 9 acerca dos humanos, envolvendo aí elementos de xenofobia, gangues urbanas, pobreza e crime organizado. Depois de um certo evento que ocorre talvez por volta dos 20 ou 30 minutos do início do filme, Wikus se vê forçado a mudar de lado acerca dos aliens, podendo experimentar aí todo o preconceito e violência que é usada contra os aliens, apelidados no filme de "prawns", que significa "grilo", embora a tradução da legenda fosse "camarões". Não vou revelar muito mais do filme, mas posso dizer que é nesse momento que a narrativa de "documentário" morre, e a dinâmica do filme passa a se assemelhar a um típico filme hollywoodiano, com muita ação, tiros, conflitos, e surpresas.

O final é um tanto quanto inesperado, e termina de um jeito súbito e surpreendente. Nos momentos finais, a narrativa do filme volta ao estilo de "documentário", deixando de focar imediatamente no protagonista, e passando a focar um pouco nas pessoas que conviveram com ele, e nas perguntas, que se sobressaem em relação as respostas que são apresentadas no decorrer do filme. De um modo geral, é um ótimo filme, que não decepciona, e provavelmente vai marcar história, se não na linha dos filmes blockbusters, pelo menos na linha dos filmes cult. Resta agora ver o que Neill Blomkamp reserva para nós no futuro.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Filmes a serem assistidos

Bem, depois de muito tempo, aqui estou devolta, o seu zumbi da madrugada preferido (Ser zumbi da madrugada durante um tempo é um pequeno efeito colateral de se formar numa universidade). Dessa vez eu resolvi focar novamente em filmes, e falar de alguns filmes que, ao meu ver, receberam pouca propaganda e marketing, mas prometem ser muito bons, e de outros filmes que receberam muita propaganda, mas ao meu ver, são super-valorizados.

O primeiro deles, que eu fiquei sabendo há alguns meses, mas ainda não tinha postado, era o famoso "District 9", que aqui no Brasil provavelmente vai ficar com a tradução "Distrito 9" quando sair. Oficialmente, saíram dois trailers, mas como as únicas cópias dos trailers que eu encontrei no youtube estão proibindo incorporação, o jeito é passar a URL pra vocês:

Trailer 1:

http://www.youtube.com/watch?v=pHihFA8q8xI

Trailer 2:

http://www.youtube.com/watch?v=d6PDlMggROA

O filme foi dirigido por um novato em Hollywood, chamado Neill Blomkamp, que só não dirigiu, como escreveu o roteiro do filme. Se não me engano, esse mesmo "novato" foi o cara que fez um pedido a Microsoft para dirigir uma adaptação para cinema da franquia mestre dos jogos microsofts, Halo. Bem, se a MS ainda tinha alguma dúvida acerca da capacidade dele de fazer um filme de sucesso, espero que essas dúvidas tenham esvanecido.

District 9 foi filmado e ambientado em Joanesburgo, a maior cidade da África do Sul, e é em si, além de um ótimo filme de ficção científica, uma crítica extremamente inteligente ao regime de Apartheid que prevaleceu por lá durante muitos anos, só que dessa vez, ao invés de um Apartheid racial entre seres humanos, temos um Apartheid interestelar entre humanos e aliens. Isso sem falar no fato que o custo de produção das filmagens ficou apenas em 30 milhões, por incrível que pareça (mesmo com aqueles efeitos visuais que aparentam ser muito bons), e o ganho já está na casa dos 162 milhões, mesmo o filme não tendo rodado o mundo inteiro. Então, sim, District 9 será um sucesso estrondoso, ao contrário do caríssimo e super-valorizado 2012, que irá sair logo depois.

Aliás, eis um filme que aparentar ser a receita certa para o fracasso. 2012 não tem história. Eu posso estar exagerando por ainda não ter visto o filme, mas eu tenho quase certeza que o que existe de história acerca do assunto para se construir um tema pro filme, não deve dar nem pros 10 primeiros minutos. Basicamente, 2012 aparenta claramente ser um filme inspirado numa profecia New Age de declarações escandalosas (o mundo vai acabar em 2012), que por sua vez é baseada numa interpretação errônea de um calendário milenar de uma cultura antiga que já estava quase que totalmente extinta quando os espanhóis pisaram nas américas. Receita quase certa para o fracasso. E pelo visto, para poderem produzir um filme, os produtores e escritores tiveram que misturar todas as coisas relacionadas a fim-do-mundo. Vai ver que é por isso que aparece o que aparenta ser a versão moderna da arca de noé no final do trailer.

Não acredita no que eu digo? Então veja você mesmo:



Francamente, eu gostava mais de Rolland Emmerich quando ele fazia filme de alienígenas destruindo a terra, ou a natureza se vingando do homem, que embora fossem bobos, não eram tão bobos quanto esse aqui. Inclusive, essa história de "vamos fazer as arcas pra preservar a espécie humana" me lembrou muito as Vaults de Fallout 3... Que ao meu ver, foram apenas uma das críticas mais inteligentes que eu já vi ao pensamento "vamos preservar a espécie humana, mas não o nosso planeta".

Bem, outros filmes que estão pra sair são:

A nightmare on Elm Street:



Traduzido aqui como "A hora do pesadelo", esse filme é um remake do filme original homônimo de 84 de Wes Craven, e assim como o remake de Friday the 13th, aparenta ser fiel aos filmes originais, e também muito bom.

Matadores de vampiras lésbicas:



Acho que só pelo humor pastelão e absurdo, vale a pena uma olhada, para quem gosta de um filme que não tenta ser sério. Pelo trailer, o filme parece fazer uso de todas as coisas que caracterizam um filme tipo B, embora eu não possa garantir que ele seja bom.

Avatar:



Este é um filme de direção de James Cameron, conhecido por grandes sucessos como Titanic, que esteve em etapa de pré-produção há mais de 10 anos, segundo o próprio, devido a falta de tecnologia. Nesse sentido, acho que Avatar pode ser considerado para James Cameron o que Star Wars é para George Lucas. O curioso é que muitas pessoas que conheço andam confundindo este filme com o filme de um certo dobrador de ar... Mas, acho que isso não importa muito. Avatar conta a história de uma guerra no futuro entre humanos, e nativos de um planeta alienígena, chamados Na'Vi. O filme conta a história de um veterano de guerra paraplégico, Jake Sully, que encontra uma forma de voltar a andar novamente através do programa Avatar, que consiste na transferência da mente de um ser humano para um corpo artificial de um Na'Vi. Não vou contar mais da história, mas pelo o que eu entendi, trata-se de uma história um tanto quanto inspirada em "Dança com Lobos".

Bem, espero que tenham gostado das minhas sugestões. Não sei se irei assistir todos esses filmes, mas pretendo assistir a maioria deles assim que possível. Irei postar um resumo e tecer as minhas considerações finais sobre cada um após assistí-los.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Recapitulando os anos

Faz um bom tempo que não posto aqui, e acho que isso se deve ao fato de eu ter me distanciado nos últimos meses da vida real. Fiquei fazendo coisas que há muito tempo não fazia, seja por falta de tempo, ou por medo de comprometimento. Acabei meio que deixando o blog às moscas, embora não tivesse essa intenção. É que o tempo passa rápido, quando não se tem um objetivo definido na vida.

Finalmente, depois de muitos anos, eu consegui, com muito esforço, me formar. Me formei nesse semestre passado, na Universidade de Brasília, no curso de Ciências da Computação. Aprendi muitas coisas lá, fiz muitas relações de companheirismo, criei coisas novas (ou quase), e encontrei a verdadeira face da ciência. Foi muito legal, mas ao mesmo tempo, difícil, desafiante, e no final, recompensador. Muito recompensador, de uma sensação de tamanho tal que eu não acho que existam palavras para descrever.

A minha colação foi no dia 24/08/09. Eu não estava particularmente animado em participar da cerimônia, porque tinha terminado o meu curso com uma sensação estranha, a de que eu não obtive o sucesso que queria no meu trabalho final, e portanto, não consegui contribuir significativamente para o avanço do corpo científico da humanidade. Mas, olhando em retrospecto, vejo hoje que isso foi balela.

A cerimônia transcorreu sem maiores problemas. Cerca de 18:30 eu cheguei no centro comunitário da UnB, 19:00 eu entrei na parte exclusiva dos formandos, para retreinar o processo da cerimônia, junto com todo o resto deles. Rapidamente, a moça explicou que a cerimônia na nossa vez, seria rápida, sem beijinhos, e abraços, por receio em relação a gripe H1N1. Todo mundo aplaudiu. Depois, ela falou que o aluno que queria ler um trecho da bíblia durante a cerimônia teve o seu pedido negado, provavelmente por falta de tempo. Acho que fui o único que aplaudiu. Aí, começou a cerimônia, assim que o relógio bateu 20:00.

A cerimônia seguiu-se de modo rápido, com os alunos de computação, matemática e estatística entrando, recebendo os graus de bacharel e licenciado, os discursos seguindo-se, e por fim, o recebimento do diploma. Foi nesse momento, que eu percebi o real significado por trás dessa cerimônia. Não era apenas um ato de passagem e graduação. Era um ato de aprovação pública. Ao apertar as mãos de cada professor que deu aula pra mim, e cada funcionário que me atendeu, eu pude sentir uma sensação de aprovação sublime que não pode ser descrita claramente em palavras. Foi como vivenciar os meus anos de vida dentro da universidade em poucos minutos, recapitular os momentos de minha vida lá dentro. Não pude deixar de umedecer os olhos, e me emocionar com tudo isso.

Não muito tempo depois, eu fui na formatura de um amigo meu da biologia, que ocorreu no dia 10/09/09. De um modo geral, ela foi similar a minha, com todas as etapas da formatura ocorrendo passo a passo, só que dessa vez, eu era o espectador. Foi divertido, foi emocionante, mas mais do que isso, foi surpreendente vê-lo ser convidado para discursar no palco, como ocorre típicamente. E ele fez um discurso bonito, que disse ser em parte improvisado. A íntegra do discurso dele pode ser vista:

http://www.elivieira.com/2009/09/discurso.html

No final, ele diz que "não trocaria o que vivi com vocês nem por todos os diamantes do mundo". Eu concordo com isso, mas vou além. Durante a conclusão do meu curso, eu cheguei a conclusão que o maior bem que um ser humano pode possuir, é o tempo. Digo isso, porque não há como se "obter" tempo de qualquer lugar, você, usando o seu tempo livre, pode obter qualquer coisa, desde dinheiro a estatus ou mesmo fama. Mas o inverso nunca é válido. O máximo que você pode fazer é reduzir o seu gasto de tempo. Pensando nisso, eu posso falar, sem medo de estar errado:

O tempo que eu gastei com os meus amigos, colegas, professores e funcionários foi o maior e melhor investimento de toda a minha vida!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

James Randi explica a homeopatia

Aproveitando a oportunidade, resolvi colocar um vídeo do famoso ilusionista cético James Randi, que explica com as suas próprias palavras, como funciona a homeopatia, fazendo uso de uma boa dose de humor:



quarta-feira, 29 de julho de 2009

Voltando a ativa

Faz tempo que não posto aqui, então, para remover as teias de aranha, vou postar dois vídeos bem simples e engraçados pra agradar a maioria das pessoas que leêm isso aqui:

O fantástico Jaspion brasileiro:



sexta-feira, 24 de abril de 2009

Alguns comerciais antigos, e uma novidade

Bem, aproveitando a oportunidade, vou postar abaixo alguns comerciais antigos da década de 90 com comentários apropriados para cada um:

Comercial "Gordinho da Honda":



Um comercial legal, que mostra com um pouco de humor ácido porque que o espectador deve comprar um moto Honda.

Comercial "Pipoca com guaraná":



Um clássico dos comerciais, que com uma música animada e uma simples sucessão de imagens consegue impôr ao espectador a vontade de tomar Guaraná Antarctica.

Comercial "Pizza com guaraná":



Comercial que segue a mesma linha do anterior, só que dessa vez, usando pizza no lugar de pipoca.

Comercial "Compre batom":



Comercial tosco da garoto, que mostra que mesmo em plena década de 90, algumas empresas ainda não tinham noção de ética publicitária. Ele é o que podemos chamar de comercial politicamente incorreto hoje em dia, não só por tentar influenciar o espectador descaradamente a comprar batom, mas também pelo modo escrachado em que explicita isso: "Oi, seu filho está tentando te hipnotizar pra comprar batom! Compre batom!"

Comercial "Laka me dê um beijo":



Comercial típico dos anos 90, feito por um público que cresceu na década de 70 e provavelmente refletindo uma infância mais próxima dos anos 70 do que os anos 90, na qual um jovem casal de provavelmente não mais do que 13, 14 anos aproveita as delícias de um beijo apaixonado numa bela tarde. O comercial tenta associar a idéia da delícia do beijo ser como a delícia do laka, provavelmente foi bem sucedido nessa empreitada na época em que foi lançado, mas jamais funcionaria em 2009, num mundo cheio de piriguetes frequentadoras de micarês e bailes funks que preferem transar ao invés de beijar.

Comercial "Parmalat mamíferos":



Um outro comercial que marcou os anos 90, notável por ser uma das raras combinações de música, imagem e produto que deram certo, aliás, deram certo demais. Se existe um comercial que pode ser considerado um tiro pela culatra, esse comercial com certeza é esse. Isso porque junto ao comercial houve uma campanha de troca de embalagens de leite parmalat por bichinhos de pelúcia. Se os bichinhos de pelúcia fossem meros bonecos de má qualidade, provavelmente a campanha não teria andado, porém a qualidade deles era tão boa e o custo tão barato, que a campanha andou demais. Cada vez mais a população começou a cobrar os bichinhos, e com medo de perder fidelidade ao produto, a Parmalat fazia de tudo pra atender a população feroz. Como isso não bastasse, o requisito de 10 embalagens de leite era insuficiente sequer para atender os custos de se produzir e transportar uma unidade de bichinho de pelúcia. Em poucos dias o que era uma campanha de propaganda rapidamente se tornou um pesadelo logístico.

Comercial "Bubaloo banana":



Comercial do início dos anos 90, época em que dificilmente um produto comestível para o público infantil teria mais que um sabor. Foi por isso mesmo que a bubaloo se inspirou na General Motors e, para conquistar mais público, resolveu vender sabores diferentes do seu produto para o público. Pelo visto, deu certo.

E agora, a tão esperada surpresa. Abaixo, o trailer(Na verdade, abertura) de Lost Canvas em versão animada, com espectativa de ser lançado na metade desse ano:



Lost Canvas, ou se preferir o título completo, Saint Seiya: Lost Canvas é uma série em quadrinhos japonesa(ou mangá se preferir), desenhada por Shiori Teshirogi e publicada na Shonen Champion, baseada no trabalho de Masami Kurumada, autor original de Saint Seiya, conhecido aqui no Brasil como Cavaleiros dos Zodíaco. Lost Canvas conta a história de Tenma, um órfão vivendo em um orfatano na grécia, no século XVIII, que para cumprir uma promessa para o seu irmão de criação Alone, decide tornar-se cavaleiro, enquanto o santuário prepara-se para o que virá a ser a mais cruel entre todas as batalhas já travadas entre Athena e Hades. É uma história muito boa, aliás, e imperdível para quem é fãnzão de cavaleiros.

sábado, 18 de abril de 2009

A igreja católica, o aborto, e o respeito pela vida

Agora eu vou noticiar um assunto que ficou bastante polêmico durante o mês de março desse ano: O caso que ficou famoso do arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, no qual esse mesmo arcebispo excomungou uma equipe médica que realizou um aborto numa menina de 9 anos, vítima de estupro pelo padrasto e grávida de gêmeos. Abaixo está o link original da notícia em "O Globo":

http://oglobo.globo.com/pais/cidades/mat/2009/03/05/arcebispo-excomunga-medicos-parentes-de-menina-que-fez-aborto-depois-de-ser-estuprada-754695278.asp

Como pode-se ver, o aborto foi realizado em condições legais, isto é, permitidas por lei, que são em caso de estupro e em caso de gravidez de alto risco. A situação dessa garota se encaixa não apenas em um caso, mas em ambos. Além disso, tanto a menina como a mãe dela, católica devota foram devidamente aconselhadas por um grupo de psicólogos, médicos e assistentes sociais. Porém, assim que Dom José ficou sabendo, ele comunicou a excomunhão da equipe médica. Comunicou, porque a excomunhão em si foi do tipo latae setentiae, isto é, no ato.

É notável como essa notícia teve repecurssões no Brasil e no exterior. Aqui no Brasil, apenas o presidente da república e o ministro da saúde se manifestaram abertamente. Muitos outros políticos vieram a sussurrar reprovações, mas nada em aberto:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u530525.shtml

Agora, o leitor do meu blog deve estar pensando em qual seria a minha opinião a respeito disso. Muitos dos que me conhecem poderiam pensar que, sendo eu ateu, eu teria uma opinião formada pra me expressar contra a igreja católica. Mas não é o caso. Eu tenho uma opinião muito parecida a do médico Dr. Dráuzio Varella, aquele muito famoso por ter escrito o livro "Carandiru", e ter aparecido em quadros no fantástico, que além de ser médico, é ateu como eu. Ele disse que "a igreja está sendo coerente, em excomungar os médicos e não excomungar o estuprador da garota, pois ela(igreja) não excomunga nem seus estupradores".

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1031860-5598,00-ARCEBISPO+DIZ+QUE+SUSPEITO+DE+VIOLENTAR+MENINA+NAO+PODE+SER+EXCOMUNGADO.html

Em essência, o texto do Dr. Varella embora não condene a igreja por seguir o código canônico, critica o comportamento possessivo e incisório dela em cima do estado brasileiro, não bastando para ela aconselhar os seus fiéis, mas impor-se sobre quem não partilhe de sua fé:

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1027750-5598,00-ADVOGADO+DE+IGREJA+VAI+DENUNCIAR+MAE+DE+MENINA+GRAVIDA+AO+MP.html

Abaixo, o leitor poderá ver o texto íntegro do Dr. Varella sobre o caso, como também parte do trecho de um programa onde ele comenta o mesmo:

http://integras.blogspot.com/2009/03/incoerencia-catolica.html



Muitos católicos podem ver a declaração do arcebispo Dom José como sendo infeliz, como foi o caso do presidente da Academia Pontifícia para a Vida, Monsenhor Rino Fisichella, que em declaração oficial disse que a excomunhão dos médicos e da mãe da menina foi "apressada", e que "Era mais urgente salvaguardar a vida inocente e trazê-la para um nível de humanidade, coisa em que nós, homens de igreja, devemos ser mestres. Assim não foi e infelizmente a credibilidade de nosso ensinamento está em risco, pois parece insensível e sem misericórdia".

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090314_vaticanoabortoav.shtml

Porém, isso é tudo que o Monsenhor poderia ter dito, pois como o Dr. Varella já disse, a igreja católica é uma instituição medieval, que expulsa todos os seus dissidentes. Se o Monsenhor Rino Fisichell ousasse dizer que o aborto não deveria resultar em excomunhão nesse caso, ele é quem provavelmente seria excomungado.

Por isso, termino esse post com um aviso, um alerta, para quem se diz católico, mas não segue todos os aspectos de uma vida religiosa católica determinada pelo vaticano. Você, que é católico, mas usa camisinha e faz sexo antes do casamento. Você, que é católico, mas não vai à missa. Você, que é católico, mas não vê necessidade de se confessar. Você, que é católica, mas defende o direito de uma mulher abortar se precisar. Você, que é católico, e enviou mensagens de repúdio do arcebispo. Você, que se diz católico por pura e simples inércia de criação, que nunca fez primeira comunhão, nunca se confessou e só pisou na igreja pra se casar.

O meu alerta é que você está sendo seletivo em relação à igreja católica, mas eles não estão sendo seletivos em relação a você. Como instituição, eles não se importam com o que você pensa sobre o código canônico deles. Eles não se importam com o que você quer que eles façam. Eles não se importam se a sua vida, ou a vida da sua filha, está em risco, eles apenas se importam com a sua lei de preservar a vida, mesmo que para preservar uma vida, tenham que eliminar outra. E isso, como instituição, não como indivíduos. Provavelmente devem haver dissidentes dentro do vaticano em sintonia maior com o Zeitgeist da nossa época, mas esses nunca terão voz para se manifestar, e se o fizerem, serão devidamente removidos da instituição(É isso o que excomunhão significa, afinal).

Pense, você que é católico por inércia, no que realmente significa ser católico. Procure conhecer melhor a sua religião. E reflita, ao menos uma vez, se você realmente desejar fazer parte dessa instituição. Para quem deseja acompanhar a lista história desse caso polêmico, aqui vai o link:

http://e-paulopes.blogspot.com/2009/03/caso-da-gravidez-e-aborto-da-menina.html

E quanto ao arcebispo, o que aconteceu com ele?

DRM

Estou disponibilizando um arquivo texto em formato PDF que contém o trabalho de conclusão da matéria "Informática e Sociedade" que fiz semestre passado. O assunto é DRM, e se você não sabe o que é isso, é uma boa dar uma olhada no texto que eu escrevi, com a orientação do professor Pedro Rezende. O texto em si do trabalho não é grande, tem apenas 7 páginas, mas ele é bastante enxuto e contém uma boa dose de informação, explicando o que vem a ser as tecnologias DRM e TC que estão cada vez mais em uso nos computadores produzidos atualmente. E aliás, não só em computadores, como em celulares, reprodutores de música portáteis(iPod, iPhone), jogos eletrônicos, e até mesmo na tão falada TV digital brasileira:

http://rapidshare.com/files/222709672/DRM.pdf

Moon

Gente, aproveitando o embalo, vou colocar o trailer de um filme que promete ser um tanto exótico no sentido de filmes tipicamente hollywoodianos. Trata-se do filme "Moon", marcado para ser lançado em 12 de junho desse ano. O filme conta a história de um homem na lua, trabalhando na mineração de hélio-3 prestes a terminar o seu contrato de 3 anos, quando ele recebe um sinal de desastre, e ao investigar uma nave distante, encontra outro homem idêntico a ele. Pelo trailer, ele parece promissor, por mim, se não tiver muitas cenas no estilo "Supernova" eu acho que ele vai ser bom:

Caso Alfie Patten

Essa notícia já é meio batida, mas vale a pena comentar assim mesmo. Em fevereiro desse ano, o tablóide inglês "The Sun" publicou a imagem de um rapaz com um pequeno bebê em seus braços. O nome do rapaz é Alfie Patten, 13 anos, que segundo a reportagem, era o pai da crianças, de nome Maisie Roxanne. A mãe da criança era Chantelle Steadman, 15 anos, que segundo ela, engravidou do rapaz quando ela tinha 14 e ele 12, após uma única relação sexual. Abaixo, a foto do casal:




Talvez o que mais tenha chocado a população britânica não seja o fato dele ter 13 anos, mas sim de aparentar 8. Alguns políticos estavam falando até de medidas contra a gravidez na adolescência, quando começaram a aflorar notícias que alguns rapazes vizinhos de Patten diziam ter dormido com a mãe da menina. Sim, a mesma garota que jurou que ficou apenas com Patten, e que era virgem antes de conhecê-lo.

Conversa vai, conversa vem, cansado das fofocas, Alfie resolveu permitir um teste de DNA, para "calar a boca dos outros" de uma vez por todas. Entretanto, ele é que teve que calar a sua: O teste mostrou com exatidão que, Alfie Patten não é o pai de Maisie Roxanne. E o que podemos concluir disso? Simples, veja quais são as principais respostas para a pesquisa por "corno mais jovem" no google:

http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=corno+mais+jovem&btnG=Pesquisar

Resumo de Watchmen

Esse aqui eu estou devendo desde o mês passado. Sim, eu assisti Watchmen, e a única razão pela qual não postei um resumo do filme foi porque eu não li a versão em quadrinhos. Sim, houve uma diferença, uma modificação do final do filme, e antes de colocar aqui as minhas impressões, eu queria poder fazer uma comparação. Ainda não consegui ler os quadrinhos, embora saiba que está pra sair a versão definitiva de Watchmen aqui no Brasil.

O filme é, até onde eu consegui perceber, uma excelente obra de arte. Ele aparenta ser extremamente fiel aos quadrinhos, dando vida as roupas dos super-heróis de Watchmen, sem perder a matiz das cores e o brilho, que passa a sensação de que o filme em si é um gigantesco quadrinho feito de personagens de carne e osso, e não tinta e papel. A caracterização dos figurantes, do ambiente, veículos, é impecável. Você realmente tem a sensação de que a história está se passando no ano de 1985.

Agora, tratando-se da história, eu vou dar uma leve introdução do que acontece para quem nunca teve contato com os quadrinhos: A história começa com um homem relaxando em seu apartamento, quando então tem o apartamento arrombado por um estranho. Curiosamente, ele não reage com surpresa, mas com uma leve resignação, como se já soubesse que isso ia acontecer. Os dois lutam, e o estranho mantém vantagem o tempo todo. A luta acaba quando o estranho consegue lançar o homem pela janela de seu apartamento.

Depois da polícia investigar o local, uma outro estranho mascarado, que atende pelo apelido de Rorschach entra no local e averigua o apartamento, descobrindo algo que escapou da polícia: O homem é um super-herói famoso, conhecido pelo apelido Comediante, sendo um dos dois super-heróis que não foram banidos pelo presidente Nixon no ato de 1971. Então, Rorschach segue para avisar o seu amigo, Daniel Dreiberg, um super-herói aposentado conhecido pelo apelido de Coruja. Embora o Coruja tranquilize Rorschach quando a possibilidade de uma conspiração contra super-heróis, Rorschach continua acreditando numa conspiração, e sai a busca de provas.

Posso garantir que pelo o que fiquei sabendo do final da Graphic Novel, o final do filme, embora levemente diferente, manteve o mesmo espírito, lição de moral e conclusão. É, de fato, um filmeWatchmen, embora não seja uma tradução 1 a 1 da Graphic Novel para uma mídia audiovisual. Eu recomendo que qualquer pessoa desencantada com os super-heróis americanos, ou mesmo com a noção de super-herói, assista esse filme. Ele certamente irá agradá-lo. Mas evite assistir em canal aberto, pois o filme tem mais de 3 horas de duração. Num canal aberto, ele ficaria picotado em uma hora, uma hora e meia. Alugue, ou então assista em um canal sério.

Aviso de atualização

Bem, o blog anda parado, com apenas uma postagem no mês de marçosendo que já estamos em abril. Por isso, eu vou tentar postar todo o conteúdo atrasado que eu não cheguei a postar de forma resumida, mas fica o aviso: Não posso garantir que ele vá ser atualizado frequentemente, então não esperem por uma atualização. Marquem-o nos seus feeds que vocês serão notificados quando eu tiver algo novo para dizer aqui.

Agora, vamos aos posts engraçados:

domingo, 8 de março de 2009

Igreja Renascer vende PC Gospel

Essa notícia eu encontrei no site www.geek.com.br, e tenho que adimitir, estou chocado. Pelo visto, nem a criatividade e nem a estupidez humana possuem limites. Recentemente, o Submarino anunciou uma item exclusivo interessante, um tal de PC Gospel fabricado por uma empresa chamada PLANAC(Que diz logo na capa do site: "Soluções inteligentes para você e sua empresa").
Não haveria nada de muito interessante no tal PC Gospel, se não fosse por dois fatos: Ele usa peças remanufaturadas e obsoletas com mais de 10 anos de idade, e é um produto associado a igreja renascer em cristo, que diz na descrição que "o equipamento é destinado aos iniciantes na informática que não precisam de equipamentos de última geração" e que "dá a oportunidade de ajudar nas obras da Fundação Renascer".

O site BR-Linux dá as especificações da máquina gospel:

# Processador AMD K62 - 400 Mhz
# Memória de 64MB
# Unidade de Disco rígido de 10GB
# Placa Fax Modem 56K
# CD-ROM 48x
# Sistema Operacional Linux (Kurumin)
# Teclado
# Mouse
# Caixa de Som 120W
# Microfone
# Monitor Color 14″

Por míseros R$929,00 à vista, ou 12x de R$77,42. Inclusive, o blog Uma visão do mundo compara o PC Gospel ao Computador Positivo plus F158. Em resumo, o que o computador positivo tem que o PC Gospel não tem é:

# Um processador de 500% a 1000% mais rápido
# 8 vezes mais memória RAM(Que também é mais rápida)
# 8 vezes mais espaço em disco(Que chega a ser 200% mais rápido)
# Sistema Operacional Windows Vista (Genuíno)
# O monitor é 1″ maior
# Leitor/Gravador de CD e DVD
# Placa de rede Fast Ethernet

E isso tudo pelo absurdo de R$799,00 à vista.

No final das contas, o melhor de tudo foi as tags associadas ao produto no site do submarino:

* absurdo
* armadilhadesatanas
* chucknorrisnaousaria
* ehumaciladabino
* falcatrua
* maquinadomal
* pcdoedirmacedo
* picaretagem
* porcaria
* ridiculo
* sojesussalva
* temquetermuitafe
* antiguidade
* bino
* chutaqueemacumba
* enganacao
* lixo (22 tags como essa)
* maracutaia
* pecado
* pilantragem
* povoignorante
* roubo
* sucata
* vergonha
* arapuca
* canalhas
* cilada
* eumaciladabino
* malditos
* obsoleto
* pessimaqualidade
* pilantras
* prejuízo
* sem-vergonhice
* superfaturado

É mais uma vez a renascer em cristo mostrando a beleza da teologia da prosperidade. Eu até tento respeitar as religiões alheias... Mas não dá pra respeitar a teologia da prosperidade. Trata-se de um abuso psicológico, social e financeiro em cima de uma população de fiéis que desenvolveu a versão religiosa da síndrome de estocolmo. Lamentável.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Homem realiza sequestro com a pistola Light Phaser, do Master System

Essa notícia eu encontrei na comunidade "Master System" do Orkut. A notícia seria simples e banal, um homem invade uma casa para cobrar uma dívida de R$42, e acaba fazendo refém a moradora do lugar, a polícia aparece, e ele acaba se rendendo, se não fosse por um simples detalhe:

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1013075-5598,00-POLICIA+DIVULGA+IMAGENS+DE+RENDICAO+DE+SEQUESTRADOR+NO+DISTRITO+FEDERAL.html

Reparem na arma que ele usa. Lhe parece familiar? Mas é claro, ela foi produzida no Brasil, e foi
produzida por uma empresa chamada Tec Toy. Ainda não entendeu? Então veja o artigo da wikipedia sobre essa "arma":

http://pt.wikipedia.org/wiki/Light_Phaser

O engraçado é que o artigo comenta que "Ao contrário da Zapper, a Light Phaser parecia suficientemente realística, tanto que a Sega foi pressionada para alterar o produto de modo que a polícia não a confundisse com uma arma de verdade." Pois é, pelo visto a polícia de brasília foi enganada nessa. Ou talvez eles estivessem com medo dos raios infravermelhos que saem da pistola. Sabe-se lá.

Revelado o conteúdo do novo "Mega Drive 3" da TecToy

O texto que eu estou postando abaixo é citado diretamente da fonte onde eu li, um tópico da comunidade "Mega Drive" do Orkut. Esse tópico por sua vez foi repassado da comunidade "Tec Toy", onde foi postado originalmente por Mauro Sókrates, que retirou o contéudo da lista de discussão "Canal-3", onde o texto foi postado na íntegra por Juliano Constantino. Abaixo, segue-se o texto em itálico, representando na íntegra as imagens e o texto original acompanhando-as:

Apenas por curiosidade, comprei um MD3 e desmontei ele e tirei umas fotos,
realmente o aparelho é um chip com duas memo
rias onde estao os jogos...

Pelo que vi na qualidade dos jogos o aparelho esta mais para um emulador
de mega drive, ja que alguns jogos do console
possuem slowdown e algumas
musicas nao "batem" com as do jogo original.

Acabamento horrível :
http://img175.imageshack.us/my.php?image=imagem0096mm9.jpg

Logotipo MD3 :
http://img175.imageshack.us/my.php?image=imagem0095tq7.jpg

Inferior com as borrachinhas onde ficam os parafusos escondidos :
http://img175.imageshack.us/my.php?image=imagem0094um6.jpg


Cade o Stereo ??? Será que eles esqueceram ???
http://img175.imageshack.us/my.php?image=imagem0093ps1.jpg

Parte Frontal :
http://img175.imageshack.us/my.php?image=imagem0092wf7.jpg

Parte superior :
http://img175.imageshack.us/my.php?image=imagem0091ke5.jpg

Para quem odeia cola quente em fonte, aí está um prato cheio :
http://img175.imageshack.us/my.php?image=imagem0090zg5.jpg

Deve ser onde os games estao gravados, sao duas na placa mae :
http://img175.imageshack.us/my.php?image=imagem0089so0.jpg

Processador ??? Emulador ???
http://img175.imageshack.us/my.php?image=imagem0088bg0.jpg
http://img175.imageshack.us/my.php?image=imagem0087ed7.jpg
http://img175.imageshack.us/my.php?image=imagem0086wy2.jpg

Visão Geral da placa.
http://img175.imageshack.us/my.php?image=imagem0085mm0.jpg

Bem é isso, espero que tenham gostado, pois o console é meia boca.
T+
Juliano


Bem, agora vão os meus comentários...

Caso você esteja interessado em um mega drive de verdade, um para rodar todos aqueles cartuchos de jogo de mega drive que você anda comprando em feirinhas, ou no mercado livre, desista. Primeiro que esse mega drive não aceita cartuchos, apesar de se chamar "Mega Drive 3", esse troço é completamente diferente de outros mega drives já lançados pela Tec Toy. Segundo, porque sem um processador 68K e um Yamaha, com certeza isso não roda jogos de mega drive, e sim "emula" eles. Esse Titan, pelo o que ouvi falar, é um baita dum FPGA, em outras palavras "Circuito lógico programável". Nada surpreendente, considerando que a Tec Toy fez questão que esse Mega Drive rodasse "The Sims 2", mesmo que fosse a versão de celular.

A consequência disso é que, segundo o que eu ouvi falar, muitos jogos de mega drive não funcionam direito nesse MD3. Afinal de contas, emulação não é algo perfeito, e costuma levar tempo para ser aperfeiçoada. Sem testes, sem tempo para maturação, e com controle de qualidade Tec Toy... Não é de se estranhar que ele tenha defeitos.

Então, a minha recomendação é: Para qualquer um que não se interesse por algo que seja, religiosamente um Mega Drive, esse console pode até ser aceitável, se você tiver coragem de gastar R$400 em algo que talvez não funcione direito com um ou dois dos mais de 60 ou 80 jogos, internos, dependendo da versão. Agora, se você quer um mega drive de verdade, passe longe. Isso só vai te dar dor de cabeça.


Depois desse, não duvido que algum dia a Tec Toy lance um "Mega Drive Bombrill", o Mega Drive de 1001 utilidades, ele faz sanduíches, aspira o pó da sua casa, lava o seu carro, leva o cachorro pra passear, serve de secretária eletrônica, ajuda os seus filhos a fazerem pesquisa na internet(Com controle parental para evitar pornografia), serve de alarme anti-assalto, avisa quando você não está em dia com a receita, grava o jogo de futebol(E ainda remove a voz do Galvão Bueno) e nas horas vagas, é um (quase) aparelho de jogos.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Friday the 13th

Bem, eu assisti o filme Sexta-feira 13 no dia em que estreiou, e tenho que adimitir, é um filme que faz jus a franquia de Jason Voorhees. Sem querer revelar muitas coisas do enredo, posso dizer que o filme realmente é um remake, não uma continuação, pois uma continuação teria que começar de onde Jason X parou. Como remake, ele pega elementos dos quatro primeiros filmes e dá uma coesão nunca antes vista na série sexta-feira 13. Então, espere por um Jason Voorhees bem vivo, e não um zumbi imortal, ou um zumbi ciborgue imortal.

Michael Bay, diretor de Transformers não fez feio nesse filme. A história é coesa, e dentro dos moldes de um filme de terror, utilizando elementos já aproveitados das quatro primeiras partes, sem entretanto chegar a ser previsível ou maçante. A maquilagem e os efeitos visuais são bem feitos, fazendo jus ao clima sexta-feira 13. A iluminação é boa, sendo clara de dia e escura de noite, mas não tão escura que o espectador não consiga ver o que está acontecendo, ao contrário do filme AvP: Requiem dos irmãos Strause. As mortes seguem o estilo típico sexta-feira 13, algumas são imprevisíveis, outras totalmente previsíveis, e muitas são trash, envolvendo golpes de machete do serial killer mais famoso de Crystal Lake.

Aliás, a trilha sonora quase beira a perfeição. Como Jason Voorhees não fala, pois isso estragaria o seu personagem, acaba sendo a trilha sonora que passa para o espectador o que ele deseja falar. Ela é a voz dele, o seus gritos e suas ameaças. Os personagens são todos muito bem desenvolvidos, caindo certinho dentro do esteriótipo de vítimas dos filmes da série sexta-feira 13: Maconheiros que só querem saber de enriquecer, mulheres vadias que só querem saber de curtir a vida, playboys ricos que só se preocupam com a sua propriedade e um ou outro jovem com algo na cabeça. Se você quiser assistir esse filme, vá para o cinema esperando um filme da série sexta-feira 13, mas não espere conhecer tudo. O Jason Voorhees desse filme é um pouco diferente, ele corre, pula, se esconde e apronta o diabo para conseguir matar as suas vítimas, o que soluciona em parte um dos maiores mistérios de filmes de terror: "Como diabos aquele serial killer que só anda consegue pegar a mocinha que só corre?"



Bem, aproveitando a oportunidade, também irei colocar dois trailers de um outro filme que promete muito para 2009. Se você acha que entende de super-heróis sem conhecer watchmen. esqueça o que acha, e veja watchmen:

Trailer 1:



Trailer 2:

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Mais vídeos engraçados

Bem, como o vídeo de ontem foi uma adição interessante, pretendo colocar mais algumas pérolas que eu encontrei no youtube. Primeiro, alguns vídeos engraçados inspirados em Metroid, a clássica série de jogos da Nintendo criada por Gunpei Yokoi:

Truques estúpidos de Metroids:



A batalha de Samus Aran contra Kraid em Metroid Zero Mission:



A batalha de Samus Aran contra Ridley em Metroid Zero Mission:



Dr. Wily finalmente obtém sucesso:




E por último, o melhor de todos. O planeta dos Bomberacos:

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Solange, a gaga de ilhéus

Bem, depois de muito tempo sem postar, aqui vai um postzinho rápido e simples para fazer vocês se divertirem. Esse vídeo foi feito a partir de uma entrevista de Outubro de 2008, então ele já pode ser batido para alguns. Não fui eu o autor:



E não se esqueçam, nesta sexta-feira, dia 13, vamos todo mundo para o cinema assistir o remake de "Sexta-feira 13".