terça-feira, 27 de outubro de 2009

O que virá por aí

É engraçado imaginar que algumas pessoas pensam que se alguém trabalha com computadores, essa pessoa provavelmente não gosta de livros. É como se todo mundo que trabalhasse em computação fosse obrigado a ser otimista em relação a substituição dos mesmos por documentos digitais, como arquivos em formato PDF, textos, apresentações em slides, planilhas de dados, ou documentos em formato HTML. Porém, o que essas pessoas não percebem, é que o livro impresso ainda é um dos melhores meios de se passar informações inventado pela humanidade.

Um livro geralmente não cansa a vista, porque ele permite que você leia o texto numa ordem que é mais natural do que a maioria dos documentos digitais. Enquanto em um arquivo pdf você lê o texto numa superfície contínua, que se estende da primeira palavra no topo, até a última no fundo, relembrando um antigo mecanismo de leitura, o famoso papiro enrolado. Enquanto isso, o livro é dividido em páginas, que se seguem da esquerda para a direita. Isso permite uma pequena pausa entre cada página, que ajuda a evitar o cansaço de leitura que acompanha outros tipos de textos. Isso sem falar que o esforço para movimentar apenas os olhos é muito menor que o esforço para se movimentar o mouse, para mostrar o texto que você deseja ver, e um monitor emite luz, ao passo que um livro impresso meramente reflete a luz que incide sobre ele. Por essas e outras razões, um livro é muito mais fácil de se ler que um texto digital.

Não que os textos digitais sejam inúteis, eles tem o seu ponto forte, que é a possibilidade de interação com o leitor, e nesse aspecto, um projeto como o da wikimidia, a organização que criou a wikipedia, é o mais promissor possível. Porém, eu não desprezo a mídia tradicional de transmissão de informações, o livro impresso, e reconheço que foi com ele que aprendi muito sobre computação. Porém, o meu gosto por livros impressos não se limita a livros educacionais, ou livros técnicos: Eu também gosto de literatura. Dou preferência a livros que envolvam ficção científica, mas também gosto de outros gêneros, como fantasia, terror, romance policial, ou o melhor de tudo, uma mistura deles.

Foi por causa disso que no início do ano (fevereiro de 2009), eu encomendei seis pequenos livros, que nos EUA seriam chamados de pocket books, de dimensões mais ou menos 15x10 cm, e cerca de 300 páginas cada um. Eles não foram muito caros, cerca de 7 dólares cada um, que por aqui sairam por cerca de 15 reais cada, tirando o custo do frete. Todos os livros foram escritos por autores profissionais que já receberam prêmiações em categorias de horror, ou ficção científica, então eu tinha tudo pra acreditar que os livros seriam leituras excelentes. Todos os livros foram impressos pela DH Press, uma filial da Dark Horse focada em impressão de romances, ao contrário da própria Dark Horse que prefere focar na impressão, produção e venda de comics dos mais variados autores e assuntos, seguindo os mais variados estilos de narração. E por último, todos eles tratam da simpática criaturinha abaixo:



O nome dos livros (em ordem cronológica de lançamento) são:

  • Aliens: Original Sin
  • Aliens: DNA War
  • Aliens: Cauldron
  • Aliens: Steel Egg
  • Aliens: Criminal Enterprise
  • Aliens: No Exit

Embora eu tenha encomendado esses livros no início do ano, só agora eu tive tempo livre suficiente para ler quase todos, e agora só me resta ler o último, "No Exit". Assim que eu terminar de lê-lo, irei postar uma resenha breve sobre eles, dizendo o que eu achei de cada história, os pontos fracos, os pontos fortes, o desenvolvimento, e os personagens. Creio que assim eu possa dar uma orientação para qualquer pessoa que no futuro, possa vir a se interessar pelos livros, e que queira comprá-los.

Digo isso porque é muito fácil encontrar resenhas na internet acerca do primeiro livro dessa série, o Aliens: Original Sin, que foi lançado em 2003, mas é muito difícil encontrar resenhas acerca dos outros livros, provavelmente devido ao fato de poucas pessoas os terem, ainda mais no Brasil. Eu vou aproveitar o fato que tenho esses livros, e que já os li, para tecer as minhas opiniões a respeito dele, na expectativa que elas possam ser úteis para alguém. Claro, assim que eu terminar de ler o último, "No Exit".

Bem, até lá, deliciem-se com as imagens digitalizadas das capas dos livros, gentilmente roubadas cedidas do site oficial da Dark Horse:











sábado, 24 de outubro de 2009

O bom e o ruim

Bem, já faz tempo desde a última vez em que eu postei, e agora estou atualizando as notícias do que houve comigo. O que houve foi o "bom", uma notícia boa, e o "ruim", uma notícia (obviamente) ruim. Vou começar pela notícia ruim:

Há mais ou menos duas semanas, o computador que eu usava em casa queimou. Pra ser sincero, eu ainda não sei direito porquê ele queimou, mas acho que foi a combinação de uma série de fatores, desde poeira, curto-circuito, e possivelmente, raios também. Na verdade, foi um evento bem estranho: Quase todas as peças do gabinete queimaram, incluindo aí CPU, placa-mãe, placa VGA, HD, fonte,... Mas tudo que estava fora do gabinete ficou intacto, incluindo aí monitor LCD, roteador D-Link e impressora. Aliás, a impressora é um elemento X, uma vez que eu não sei se ela queimou antes ou depois desse evento.

Olhando o que sobrou da placa de vídeo, vi pela primeira vez na minha vida transistores e capacidores eletrolíticos (sólido) estourados. O estrago foi feio mesmo. Mas mais do que o estrago "material", eu tive o estrago da perda de todos os dados que eu tinha dentro do HD... infelizmente. Eu ainda estou pensando se vale a pena eu correr atrás de uma dessas lojas de recuperação de HDs, levando em conta o fato que o valor desses dados é mais de natureza sentimental do que econômica, e que recuperação de HDs pode ser muito, mas muito caro mesmo.

Enquanto isso, eu assisti no sábado passado o famigerado "Distrito 9". E essa é a boa notícia: O filme é tudo o que eu pensei que ele fosse. Ele começa com um ar de "documentário", mas com elementos de ficção, contando a história de como os alienígenas vieram parar no nosso planeta, e foram movidos para o Distrito 9. A história do filme começa como um documentário da fictícia MNU, uma organização contratada pelo governo da áfrica do sul para policiar o distrito 9, e realocar os seus habitantes para um campo a 240 km a noroeste de Joanesburgo, chamado de "distrito 10". O líder do projeto é Wikus van de Merwe, interpretado pelo ator Sharlto Copley, o protagonista do filme.

O início se dá bem, mostrando pouco a pouco a opinião humana acerca dos aliens, e a opinião dos inquilinos do distrito 9 acerca dos humanos, envolvendo aí elementos de xenofobia, gangues urbanas, pobreza e crime organizado. Depois de um certo evento que ocorre talvez por volta dos 20 ou 30 minutos do início do filme, Wikus se vê forçado a mudar de lado acerca dos aliens, podendo experimentar aí todo o preconceito e violência que é usada contra os aliens, apelidados no filme de "prawns", que significa "grilo", embora a tradução da legenda fosse "camarões". Não vou revelar muito mais do filme, mas posso dizer que é nesse momento que a narrativa de "documentário" morre, e a dinâmica do filme passa a se assemelhar a um típico filme hollywoodiano, com muita ação, tiros, conflitos, e surpresas.

O final é um tanto quanto inesperado, e termina de um jeito súbito e surpreendente. Nos momentos finais, a narrativa do filme volta ao estilo de "documentário", deixando de focar imediatamente no protagonista, e passando a focar um pouco nas pessoas que conviveram com ele, e nas perguntas, que se sobressaem em relação as respostas que são apresentadas no decorrer do filme. De um modo geral, é um ótimo filme, que não decepciona, e provavelmente vai marcar história, se não na linha dos filmes blockbusters, pelo menos na linha dos filmes cult. Resta agora ver o que Neill Blomkamp reserva para nós no futuro.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Filmes a serem assistidos

Bem, depois de muito tempo, aqui estou devolta, o seu zumbi da madrugada preferido (Ser zumbi da madrugada durante um tempo é um pequeno efeito colateral de se formar numa universidade). Dessa vez eu resolvi focar novamente em filmes, e falar de alguns filmes que, ao meu ver, receberam pouca propaganda e marketing, mas prometem ser muito bons, e de outros filmes que receberam muita propaganda, mas ao meu ver, são super-valorizados.

O primeiro deles, que eu fiquei sabendo há alguns meses, mas ainda não tinha postado, era o famoso "District 9", que aqui no Brasil provavelmente vai ficar com a tradução "Distrito 9" quando sair. Oficialmente, saíram dois trailers, mas como as únicas cópias dos trailers que eu encontrei no youtube estão proibindo incorporação, o jeito é passar a URL pra vocês:

Trailer 1:

http://www.youtube.com/watch?v=pHihFA8q8xI

Trailer 2:

http://www.youtube.com/watch?v=d6PDlMggROA

O filme foi dirigido por um novato em Hollywood, chamado Neill Blomkamp, que só não dirigiu, como escreveu o roteiro do filme. Se não me engano, esse mesmo "novato" foi o cara que fez um pedido a Microsoft para dirigir uma adaptação para cinema da franquia mestre dos jogos microsofts, Halo. Bem, se a MS ainda tinha alguma dúvida acerca da capacidade dele de fazer um filme de sucesso, espero que essas dúvidas tenham esvanecido.

District 9 foi filmado e ambientado em Joanesburgo, a maior cidade da África do Sul, e é em si, além de um ótimo filme de ficção científica, uma crítica extremamente inteligente ao regime de Apartheid que prevaleceu por lá durante muitos anos, só que dessa vez, ao invés de um Apartheid racial entre seres humanos, temos um Apartheid interestelar entre humanos e aliens. Isso sem falar no fato que o custo de produção das filmagens ficou apenas em 30 milhões, por incrível que pareça (mesmo com aqueles efeitos visuais que aparentam ser muito bons), e o ganho já está na casa dos 162 milhões, mesmo o filme não tendo rodado o mundo inteiro. Então, sim, District 9 será um sucesso estrondoso, ao contrário do caríssimo e super-valorizado 2012, que irá sair logo depois.

Aliás, eis um filme que aparentar ser a receita certa para o fracasso. 2012 não tem história. Eu posso estar exagerando por ainda não ter visto o filme, mas eu tenho quase certeza que o que existe de história acerca do assunto para se construir um tema pro filme, não deve dar nem pros 10 primeiros minutos. Basicamente, 2012 aparenta claramente ser um filme inspirado numa profecia New Age de declarações escandalosas (o mundo vai acabar em 2012), que por sua vez é baseada numa interpretação errônea de um calendário milenar de uma cultura antiga que já estava quase que totalmente extinta quando os espanhóis pisaram nas américas. Receita quase certa para o fracasso. E pelo visto, para poderem produzir um filme, os produtores e escritores tiveram que misturar todas as coisas relacionadas a fim-do-mundo. Vai ver que é por isso que aparece o que aparenta ser a versão moderna da arca de noé no final do trailer.

Não acredita no que eu digo? Então veja você mesmo:



Francamente, eu gostava mais de Rolland Emmerich quando ele fazia filme de alienígenas destruindo a terra, ou a natureza se vingando do homem, que embora fossem bobos, não eram tão bobos quanto esse aqui. Inclusive, essa história de "vamos fazer as arcas pra preservar a espécie humana" me lembrou muito as Vaults de Fallout 3... Que ao meu ver, foram apenas uma das críticas mais inteligentes que eu já vi ao pensamento "vamos preservar a espécie humana, mas não o nosso planeta".

Bem, outros filmes que estão pra sair são:

A nightmare on Elm Street:



Traduzido aqui como "A hora do pesadelo", esse filme é um remake do filme original homônimo de 84 de Wes Craven, e assim como o remake de Friday the 13th, aparenta ser fiel aos filmes originais, e também muito bom.

Matadores de vampiras lésbicas:



Acho que só pelo humor pastelão e absurdo, vale a pena uma olhada, para quem gosta de um filme que não tenta ser sério. Pelo trailer, o filme parece fazer uso de todas as coisas que caracterizam um filme tipo B, embora eu não possa garantir que ele seja bom.

Avatar:



Este é um filme de direção de James Cameron, conhecido por grandes sucessos como Titanic, que esteve em etapa de pré-produção há mais de 10 anos, segundo o próprio, devido a falta de tecnologia. Nesse sentido, acho que Avatar pode ser considerado para James Cameron o que Star Wars é para George Lucas. O curioso é que muitas pessoas que conheço andam confundindo este filme com o filme de um certo dobrador de ar... Mas, acho que isso não importa muito. Avatar conta a história de uma guerra no futuro entre humanos, e nativos de um planeta alienígena, chamados Na'Vi. O filme conta a história de um veterano de guerra paraplégico, Jake Sully, que encontra uma forma de voltar a andar novamente através do programa Avatar, que consiste na transferência da mente de um ser humano para um corpo artificial de um Na'Vi. Não vou contar mais da história, mas pelo o que eu entendi, trata-se de uma história um tanto quanto inspirada em "Dança com Lobos".

Bem, espero que tenham gostado das minhas sugestões. Não sei se irei assistir todos esses filmes, mas pretendo assistir a maioria deles assim que possível. Irei postar um resumo e tecer as minhas considerações finais sobre cada um após assistí-los.