terça-feira, 13 de abril de 2010

Imposto justo

Bem, aproveitando uma reflexão que eu fiz acerca do modo em que posto, eu decidi optar por uma maneira diferente de se blogar, ao invés de postar uma única mensagem por dia, como seria num blog tradicional, vou postar um conjunto pequeno de mensagens individuais, periodicamente a cada semana, ou mês. Desse modo, eu continuo a postar informações que considero importante, sem ter a dor de cabeça de necessitar responder diariamente.

Recomendo a quem não queira perder nem uma postagem do meu blog, a assinar o RSS feed dele, ou então a me seguir no buzz. Dessa forma, não haverá surpresas.

Agora, a informação que conta: Creio que todo brasileiro que já tenha jogado um jogo eletrônico, saiba que a forma mais fácil de se comprar um jogo desses, é comprando um produto falsificado. (pirateado)
Isso é um pensamento tão comum no Brasil, que já virou norma: A principal preocupação do Gamer brasileiro é se haverá falsificação para o jogo que deseja, e se ele vai perder alguma coisa no processo. Em momento algum as pessoas se há um modo de conseguir o jogo original, licenciado oficialmente pelos distribuidores. Tudo porque o preço de um jogo original pode atingir valores obscenos aqui no Brasil, como R$ 180,00 para o jogo "Assassin's Creed II" para Xbox 360. Jogos de Xbox 360 saem por volta de R$180 a R$80,00, dependendo de vários fatores, como ser lançamento, ou ser edição Platinium Hits. Jogos de Playstation 3 também não ficam muito atrás, saindo por um valor entre R$200 a R$100.

A razão dos preços serem altos, é muito simples: Impostos! Qualquer produto eletrônico que é importado tem uma alíquota única de 60% em cima do valor alfandegário do mesmo, isto é, o valor do produto somado ao valor do frete e outros custos (Como garantia). Além disso, a maioria desses produtos são vendidos na moeda estrangeira do dólar americano, cujo valor em reais fica por volta de R$1,80. Tudo isso, somado ao desejo de lucro do revendedor local aumenta o preço do produto em 300% a 400%. Jogos que custam míseros $20 saem por quase R$100, e lançamentos que custam $50 saem por R$180.

Não adianta uma empresa de jogos se instalar no Brasil, e revender os jogos por aqui, porque eles recebem imposto interno da mesma forma. Inclusive, o imposto de se produzir jogos localmente pode até ser maior que o custo de se importá-los e revendê-los. No final das contas, empresas não são ONGs de caridade, elas não vão se instalar no Brasil se uma margem de lucro decente não estiver assegurada. Por isso, Sony, Microsoft e Nintendo não lançam jogos oficiais no Brasil, não reservam sequer um código de região pro Brasil, e não permitem que os brasileiros façam compras em suas redes de jogos... (XBLA, PSN, e por aí vai)

Por isso, alguns brasileiros resolveram se mobilizar para tornar público a existência de um projeto de lei que visa estabelecer isenção de imposto especificamente para produtos relacionados ao mercado de jogos eletrônicos. Fiquei sabendo do tal projeto de lei através do perfil de orkut de um amigo (valeu, Bezerra), e resolvi também tornar público o meu apoio pela campanha. Mas não basta apenas espalhar a existência da campanha para os seus amigos, é necessário também entrar em contato com o deputado Antonio Palocci (PT-SP) que é o relator do projeto de lei 300/07, apresentado em 2007 pelo deputado Carlito Merrs (PT-SC), para saber como anda a aprovação do mesmo. E caso a aprovação esteja lenta, é necessário agir de modo a mobilizar a câmara de deputados para que o projeto de lei seja aprovado, e de preferência, na forma em que se encontra, sem emendas de qualquer natureza.

Abaixo, deixo o hyperlink para o site da campanha:

http://impostojustoparavideogames.com.br/

Se cadastrar no site é uma forma de apoiar, enviar uma mensagem para o relator é outra, protestar em frente ao congresso é outra. Faça a sua parte.

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